terça-feira, 16 de julho de 2013

So here what you missed on Glee





       Era sábado. Eu estava na casa da minha mãe, no interior. Lá a internet é muito rápida e eu baixava no meu computador  o episódio 20 da 4 temporada da série Glee. Em momento paralelo ao meu , só que no Canadá, o ator Cory Monthey, da atração, era encontrado morto em um hotel. Coincidência ou não, o último episódio que eu havia assistido até então era o último no qual ele havia aparecido. O que mais me chamou atenção desse foi a alegria de seu personagem, Finn Hudson.
   Ok, pode ser que no momento em que eu fazia meu ritual eu tenha exclamado algum xingamento ao Glee, como “que ruim esta a série, quero o elenco inicial de volta” e que por desventura, eu tenha percebido que não estava mais com vontade de assistir. Mesmo assim, apesar do atraso para seguir a série em relação ao ano passado, quando baixava os episódios assim que eram disponibilizados, fui em frente e jurei finalizá-la. 
    Diante a notícia da morte de Cory, que soube somente no domingo, não tive ainda coragem de voltar ao Glee. é como se tivesse sido cancelado, afinal, já não terei mais o meu esperado elenco original. Assisti a algumas performances, como “Don’t Stop Bellieven” (as duas versões, inclusive a segunda é do episódio 4x19, e quando a vi, duas semanas atrás, desabei em choro), “Thriller”, “We are young” , “Tongue Tied” e “Homeward Bond”, mas não consegui derramar uma lágrima. Talvez por sentir que Finn vive dentro da série e da minha imaginação. Talvez por estar desgostada de Glee. Talvez por ainda não ter caído a minha ficha. Não sei, o fato é que Cory tem entrado em minha casa desde 2009 quando eu era uma adolescente e vi o piloto da série. Só voltei a acompanha-la em 2011 em uma turbinada de duas temporadas até conseguir seguir o ritmo atualizada. Eu vi o Finn entrando para o “Glee Club”, namorando a Quinn por duas vezes e também a deixando por duas. Vi ele perdendo a virgindade com a Santana e se apaixonando verdadeiramente pela Rachel. Vi ele quase sendo pai e quase casando. Vi ele ajudando o Artie, o Kurt, o Sam. Vi ele puxando a turma toda e sempre sendo o líder do coral. Ele foi capitão do time de futebol, o professor substituto, o militar. Ele foi...mas sempre ficará na memória dos fãs.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A morte da 3g-Parte 1

A morte da 3G


Hoje finalmente assisti a o episódio final da segunda "season"  de Girls.
Até um tempo atrás eu me entusiasmava quando via na barra de séries para baixar os nomes das minhas favoritas (sim, tenho um pézinho ainda na adolescência), um embaixo do outro.: Girls, Glee e Gossip Girl.
Mas eis que a CW cancela GG ano passado, Glee passa por uma mudança drástica na quarta temporada e Girls perde o rumo...

Bem, vamos por partes:

Girls:



                                                                                                                                      Pôster promocional da primeira temporada
   Quando vi a promo da série no início do ano passado, eu passava por alguns problemas particulares, eu estava tão perdida quanto as quatro protagonistas da trama. Passei a assistir e a me identificar em cada uma delas. A ciganice de Jessa, a delicadeza de Marnie, a incerteza e medo de Hanna e a busca pelo perfeccionismo de Shoshanna.


 
     A série era muito realista, possuía uma linguagem ágil e se passava na encantadora New York. O oposto de GG, surgia com os problemas na faceta mais obscura e nos fazendo realizar que, sim, dinheiro move o mundo. Sem emprego você não consegue pagar seu aluguel, não é mesmo Hanna?Este é um problema que só a galerinha do Brooklin de GG sabe um pouco..mas vamos deixar a elite de Manhatan para depois.
    Girls, além do mais, é como um livro de autoajuda, nos ensinando como devemos lidar com os nossos relacionamentos amorosos, profissionais e familiares. As situações expostas pela escritora, protagonista, produtora e mais um monte de funções, Lena Dunham são de total realidade vivida pelos jovens de hoje, seja numa grande cidade ou até mesmo em uma pequena, dando para se observar cada pequeno gesto e pensar "nossa, é assim mesmo!"


As protagonistas: Allison Williams, Zosia Marnet, Lena Dunham, Jemina Kirke

     A primeira temporada foi incrível, Lena só pecou em um dos episódios, quando centralizou total em sua Hanna visitando a família no interior. Queríamos ver ela lidando com os pais na velha cidade do interior- principalmente interioranas como eu, no caso- mas aí focar somente numa personagem ficou meio chato. E acredito que este tenha sido o seu maior pecado na segunda temporada. A série poderia ter sido chamada de Hanna and the pussycats. Tudo bem que ela se entusiasmou pelo sucesso de crítica e público-e os globos de ouro- mas penso que ela deveria  ter se contido um pouco. Ficou angustiante a situação de Hanna com os cotonetes, Shoshanna se tornou insuportável, Jessa desapareceu (a atriz engravidou, talvez seja a explicação) e perdeu o brilho (cadê aquela beleza a la Serena da primeira temporada?) e juro que a minha favorita desta vez foi a Marnie, que, de curadora de galeria de arte lady passou a atuar como garçonete e a correr atrás do namorado a quem repugnava.

Raro momento das protagonistas unidas no início da segunda temporada
  
Adam (Adam Driver) resgata a amada Hanna (Lena), momento "cute"
      O último episódio, este que assisti, é muito bom e me deixou com esperanças, porém tenho receio que eu me desaponte com a terceira temporada..e uma notícia recém saída do forno é que o gato Christopher Abbot, que interpreta o par de Marnie, Charlie, deixou a série por causa de uma briga com Lena. Vou dar uma escapada ao contar o final, mas, enfim, a declaração mútua de seu personagem com a namorada foi o momento mais lindo da temporada (ok, empata com a cena da banheira de Hanna e Jessa) e a cena deles dois caminhando tinha engrenado minha vontade de acompanhar a próxima season. Só não posso deixar de salientar que, sim, gostei que Adam tenha voltado para resgatar Hanna e, sim, amei o telefonema dela para a Jessa! Vou ter que voltar a assistir Girls em 2014, ou o que vai me restar será migrar para Game of Thrones, a próxima da minha lista...

O momento mais lindo da season: Charlie e Marnie (Allison) assumem o amor..



Em breve faço posts sobre as outras duas "G" e um panorama nos looks das 3


quarta-feira, 13 de março de 2013

OZ-Saudades da magia da MGM




   Em 1939 Hollywood passava seu momento de glória. Conhecida como "era de ouro", um dos estúdios mais rentáveis da época era a MGM, chefiada pelo carrasco Luis B Mayer. Nos bastidores do estúdio, algumas crianças eram preparadas para se tornarem estrelas, enquanto concluíam  a escola. A turma mais notável era composta pelo ainda vivo Mickey Rooney,a "garota do suéter" Lana Turner e a "prodígio e frágil" Judy Garland. Esta, posteriormente colecionadora de problemas pessoais, personificaria um dos personagens mais encantadores da história do cinema: a Dorothy, de O mágico de Oz.
    A ideia de Mayer era competir com a Disney, que há pouco realizara Branca de Neve. Fazer filmes que pudessem ser assistidos por crianças trazia ( e traz)  aos bolsos fontes rentáveis, para levar a criança era preciso comprar bilhetes para os pais, e vez que outra irmãos. Visualizando isto, com um orçamento grandioso ,o abuso da técnica "technocolor" e mudanças contínuas de diretores (entre eles dois homossexuais) , nasceu a versão de 1939 do filme, um dos mais belos produzidos até hoje. 
Pessoas de todos os lugares do mundo encheram os "matinês" e mergulharam em sonhos, sem imaginar que em breve a guerra estouraria. Cada personagem buscava algo. O leão, a coragem, o homem de lata, um coração, o espantalho, um cérebro e Dorothy, o caminho de casa, afinal em suas palavras "Não há lugar como nosso lar". Todos caminhavam pela estrada de tijolos amarelos, lutando contra empecilhos  que os levava a conquistar seus desejos.


      Eis que em 2013 a Disney lança "Oz: Mágico e Poderoso", uma história de como o mágico chegou na terra que leva o seu nome. Com atores bons como a indicada ao Oscar Michelle Williams, interpretando a boa bruxa Glenda (aliás, eu não consigo imaginá-la como vilã), a belíssima Mila Kunis como Theodora, Rachel Weiz, a real "bond girl" como Evanora e o encantador James Franco no papel do mágico do título, o filme abusa dos efeitos visuais e da técnica 3D.
     A história é repleta de clichês. O mágico vive num mundo "preto e branco", grande alusão à película de 39, até que é transportado num balão à terra encantada. Lá é tido como o salvador do povo, mas esconde não passar de um ilusionista, conquistador e egoísta. Ele precisa destruir a bruxa má para poder ocupar o trono da cidade de Esmeralda. Para isto, lhe é oferecido uma sala repleta de moedas de ouro. Ambicioso que só, ele aceita o desafio. Encontra em seu caminho, para ajudá-lo, um macaco mensageiro que somente quer sua amizade e uma boneca de porcelana, ansiosa por atenção paternal. O final todos sabemos, ele salva o "mundo" e se torna uma pessoa de boa índole. O grande beneficiado, é ele próprio.
     Mesmo que os tempos tenham mudado, era necessário um filme "bonito" como este para reacender a esperança que acerca os humanos. Nós não sabemos se uma guerra ou outra vai estourar em breve, mas sabemos que nos falta um objetivo além do materialismo. Ansiamos moedas de ouro e não resultados. "Oz" é um filme com técnicas e roteiro atuais que faz todas as gerações reacenderem sua pergunta interna "o que eu quero quando atravessar minha estrada de tijolos amarelos?".


Destaques positivos:


  1. Um filme mágico.
  2.  A direção de arte é fantástica.
  3. A menção a Thomas Edison (segundo os americanos, o criador do cinema)
  4. Os efeitos visuais e cores.
  5. O figurino de Glenda.
  6. A beleza do elenco feminino.
  7. A beleza de James Franco.
Destaques negativos:
  1.  Perde-se na duração (poderia ser um pouco mais condensado)
  2. O James Franco com as mesmas feições de sempre.
  3. A irritante menina de porcelana
  4.  Trilha sonora não muito marcante.
Destaque especial

Não consegui parar de pensar neste figurino de Mila Kunis (Theodora). Atemporal, básico e chiquérrimo


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MODA INVERNO 2012:!

Aqui em Milão já estão chegando nas lojas as coleções de primavera/verão e as lojas todas estão a todo o vapor no grande saldi da coleção outono/inverno 2011...no Brasil esta ainda é novidade e promete chegar em poucos meses as prateleiras com preços exorbitantes, como é qualquer coisa no Brasil. Vou dividir em duas postagens, uma com a coleção aqui já passada e a outra quentinha...

OUTONO/INVERNO

Na Itália encontrei algo que nunca tinha visto antes, nem em Porto Alegre e nem em Los Angeles: pessoas bem vestidas, de taxista à madame passando por estudantes e garçonetes. Não é a toa que é a cidade da moda, cada pessoa, no seu estilo, veste-se bem.Seja mulher ou homem. Vestir-se bem aqui é barato. Com 50 euros você faz a "compra". Com 50 reais ou com a moeda convertida resultando em 130 reais você sai da loja com duas peças ou três no máximo...
Além das roupas os acessórios são incríveis e as maquiagens quando feitas, impecáveis. Não é feio maquiar-se de dia aqui. E nem feio ter o cabelo armado, natural. Aqui a moda é uma importante personagem na sociedade. Cheguei em meio a uma das piores crises. Durante os dois primeiros meses que fiquei aqui só ouvia a palavra "crise", mas as pessoas continuavam a ter suas vaidades. E claro que não posso deixar de mencionar os homens italianos, da Puglia, Napoles, Roma, Verona...eles são os mais lindos de toooodooo o mundo!Elegantes, envolventes, bonitos e charmosíssimos. A regra do só comer na Itália não funciona, aqui se ama também!
Voltando para a moda, penso que a sociedade daqui já está acostumada a usar roupas mais adequadas. Não é aquela banha saltando pela calça ou aquela cor nada a ver com aquela bolsa falsérrima e um tênis de corrida. Aqui não é brega usar imitação de Louis Vitton, porque a imitação, vendida na rua pelos africanos é quase perfeita. Aqui também não é brega andar de metrô ou trabalhar como babá, porque não existe muita desigualdade social.
Quando cheguei era em pleno outono mas o calor estava insuportável. Só foi esfriar de fato em novembro. E daí os tons pastéis e florais deram lugar a muita cor caramelo, bege, marrom, azul marinho, laranja escuro, preto, vermelho sangue e cinza. Estas são as cores mais usadas, combinadas. E não é só pela estação, é uma marca do continente mesmo.
Notei muita influência dos anos 70. Franjas cowboys, rendas. Nas roupas da noite muito brilho que lembram a moda "disco", boleros craveejados de lantejoulas e com obreiras, saias coladas de brilho, blusas douradas. Tudo que soa brega mas que são peças lindas de morrer!E pasmém com o preço, uma saia rendada por 15 euos, um bolero perfeito por 20 euros, uma saia linda por 10..é de morrer!
Os modelos de casacos são muito clássicos, acinturados, jaquetas de couro...Notei que não tinha muito casaco de ã estampado, os únicos que tinham estampas eram aqueles de malha com estampas que lembram os símbolos maias, astecas...tem um nome para isso mas não me recordo, vou chamá-las de estampas andes porque me lembra os andarilhos...
Muito vintage. Muita peça que também não vai sair de moda, uma calça jeans jegging escura com um blazer escuro e uma blusinha comprida cinza. Nos pés uma botinha cano curto preta, chiquérrimo. Simples e chique. É isto o que eu mais me refiro aqui, as peças são bem cuidadas, combinadas adequadamente e tem uso sim de brilho de dia, mas é tão bem pensado que fica TUDO!
Hoje eu me vesti com um casaco cinza acinturado de lã que comprei na H&M(50 euros), um casaquinho outonal de malha bege H&M(20 euros), uma camisa de manga longa básica de algodão Zara(10 euros), uma bolsa de courino preto estilo Hermès Carpisa (38 euros), uma calça jegging preta Bershka (18 euros), botas de salto baixo e cano acima do joelho (30 euros), brincos de bolinhas prata H&M (2 euros), manta preta comprada de indiano por 5 euros, luvas azul marinho de malha Tally(5 euros), óculos de sol XOXO (12 dólares) e cabelos poderosos loiros e naturais. Estou sem a foto mas em breve eu posto, estava básica, bem vestida e não gastei quase nada!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Jolie




Há pouco mais de um ano assisti ao filme "A troca" e confesso que me assustei com a aparência da atriz principal, Angelina Jolie. Jolie, conhecida por ter uma das mais belas aparências(se não a mais) da atualidade cinematográfica, estava mais magra, abatida, "murcha". Não era mais a mulher que outrora encantara os homens com seus lábios sensuais e seus olhos verdes em filmes como Tomb Raider, Pecado original e o catalisador de sua vida, Senhor e Senhora Smith. Depois deste último, no qual conheceu seu atual marido, Angelina se tornou mãe, tanto biológica, como adotiva de mais crianças. Ao contrário do que ocorre com a maioria das celebridades que acabam de dar à luz, ela emagreceu drasticamente e isto pode ser conferido em revistas de fofocas e seus filmes seguintes.
Pois bem, desde o trauma ao vê-la em "A troca", não assisti mais a nenhum filme seu, nem mesmo aos antigos. Eis que hoje pela manhã, começo a ver Salt. Algo aconteceu e eu cheguei a sonhar com o filme, no sonho eu era comparsa de Evelyn e depois ia para Hollywood, que ficava a apenas alguns km da minha casa, para relembrar Angelina de que havíamos contracenado juntas. Tirando o sonho, confesso que ela conseguiu me reconquistar e, acredito, aos seus espectadores. Para mim, beleza não é tudo, mas que faz diferença, isso faz. Evelyn Salt nos conquista porque tem os lábios, os olhos, ao final, porque ela é Angelina Jolie, o nome chave da nova mulher de Hollywood.

terça-feira, 18 de maio de 2010


Fazendo um cinema biográfico...

Acabei de ler a biografia de uma das mais notáveis amantes reais:Diane de Poitiers. Talvez só se compare sua força com a amante do rei Luís XV, com sua conterrânea, Madame de Pompadour. Aliás, Diane só não é mais famosa que Pompadour por ter nascido na época errada. A França do século XVI estava em uma situação um pouco mais delicada que a da França do século XVIII. O país é muito mais lembrado até hoje por seus feitos durante o século da "liberdade, igualdade e fraternidade". Consequentemente, a "mâitresse-en-titre" do absoluto Luís ganhou mais notoriedade. Esquecendo a nobre Diane e a burguesa Jeanne de Pompadour, não posso deixar de citar uma invenção francesa que é a amante de muitas pessoas espalhadas pelo globo inteiro: o cinema.

Desde que eu era ciente das coisas eu apreciava filmes de época. Qualquer menção a um vestido cobrindo os tornozelos, um cavaleiro montado em um cavalo ou uma narração de um conto vitoriano eu já me centralizava no sofá que eu estivesse e era levada a entrar na história, de um modo que só o cinema é capaz. Quanto mais filmes ia agregando ao meu currículo, mais o desejo de me tornar uma realizadora da sétima arte ia tomando conta de mim.
Eu queria colocar uma câmera na frente de um enorme campo verde e narrar uma história na língua inglesa que mostrasse um romance proibido enquanto uma Neve Cambell ou uma Cameron Diaz beijavam o romântico e belo rei Johnny Depp. Agora eu sei que não é simplesmente colocar a câmera ali e chamar dois astros de Hollywood para serem a estrela do meu filme. Agora eu sei que não adianta fazer uma criança de uma cidade chamada Bento gonçalves no interior do sul do país suspirar pela história de uma princesa que nunca foi magra e que viveu em um castelo que talvez essa menina aí sentada nunca vá conhecer.
Eu preciso relatar a história do meu povo. As amantes dos meus reis. Por que não fazer um filme de época no meu país? O Brasil é gigante, tem suas lendas regionais, e tem uma história muito anterior à 1500. Tenho que fazer aquela criança sonhar com a filha do senhor do engenho que teve que lutar por um amor proibido com o escravo do seu pai. Tenho que relatar a eterna tentativa que o país sofreu(e sofre) de roubo de identidade. Um comerciante italiano que vem com suas cargas ao país, se encanta pelo lugar e decide praticar trambiques contra o povo. O imigrante que saiu da Itália e teve que construir sua casa em cima de um barranco. A índia que viu sua família massacrada e que decide se vingar, mas acha atitude tão vergonhosa que se recusa a torná-la adiante.
Temos que mostrar filmes bons, filmes brasileiros para as nossas crianças. Estes hábitos precisam vir da escola. Precisamos incentivar a cultura no país. Nada melhor que unir o cinema e a História. O problema é que reconstruir um cenário de época é caríssimo para os baixos orçamentos dos longas brasileiros. Quando apresentamos uma proposta precisamos apresentar todo o impacto de sua execução. Com o aumento do amor do brasileiro pelo seu próprio produto, a bilheteria cresce, o orçamento e a qualidade de filmes aumenta, mais pessoas são empregadas, mais pessoas conhecem sua própria História.

Chega de ser o país que fornece os diamantes para as jóias da amante francesa. Chega de ser o país que ama a todos mas que é lembrado apenas como aquela criança simpática para os verões, mas ingênua e de provável pouco futuro. A nossa pompa é real, o Brasil merece cinema, o Brasil merece História, o Brasil merece você.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Carmen, mais do que notável











Hollywood, década de 40. Betty Grable, a loira da 20th Century Fox é chamada de Pin up Girl. Lana Turner, Cary Grant, Rita Hayworth e muitos outros astros mostram-se preocupados com a Segunda Guerra Mundial e arrecadam fundos, incentivam soldados e fazem filmes para a nação não se desesperar. Não há como negar que Carmen Miranda teve grande parcela na política de boa vizinhana. Aliás, é mais do que conhecido que seus filmes foram um caminho sul-americano. Tudo começou com Serenata tropical que possui o título original de Dow Argentina way. Betty Grable, a bela loira de feiçoes rosadas é a norte-americana protagonista que viaja para a Argentina e inicia um romance com Dom Ameche. Carmen é a atração do clube noturno.



É essa a primeira imagem que os norte-americanos tem de Carmen. Ela vestida de forma extravagante e inspirando alegria. O que poucos sabiam é que logo depois Carmen se tornaria a atriz mais bem paga de Hollywood. Também poucos sabiam que, na realidade, Carmen nasceu em Portugal. Em 2009 comemoramos 100 anos do nascimento dessa estrela. É difícil compreender porque em 2005 só lembramos da morte de James Dean e ninguém mencionou a morte de Carmen.


É difícil compreender porque ela não recebe tanta atenção da televisão brasileira e o porquê sua história nunca foi contada em uma minissérie. É conhecido o fato de que há muitos problemas quanto aos direitos autorais, porém o correto seria todos se unirem para trazer ao povo brasileiro a verdadeira história de sua maior fã: Maria do Carmo Miranda da Cunha.



A Queda

Em 1955 Carmen se apresentou no Jimmy Durante Show e teve uma queda ao vivo. Ela comentou que não estava conseguindo respirar. Saiu do palco sorrindo e com pose, mostrando-se extremamente profissional. Nessa mesma noite seu corpo foi encontrado sem vida com um espelho na mão.


As Causas


Um hábito comum entre algumas estrelas hollywoodianas era tomar comprimidos para tudo, os chamados barbiturícos. Eles eram prescritos por médicos dos estúdios para que os astros e as estrelas não entrassem em colapso total. Judy Garland e Marilyn Monroe eram notórias usuárias deles. Na época ninguém sabia dos efeitos colaterais do uso prolongado dos barbitúricos. Carmen fazia diversos shows por noite e ainda tinha que gravar cedo de manhã. O único jeito era tomar remédios para dormir e, quando acordada, tomar mais estimulantes. Os ataques na mídia ridicularizando-a(chamando-a de feia e sempre ressaltando a beleza de suas co-estrelas), os maus-tratos do marido e a pressão do trabalho sem descanso levaram Carmen a inúmeros problemas de saúde que culminaram em sua morte.


Um Curioso Caso de Fã-ídolo

O sonho de Aurora Miranda, assim como de outros astros e estrelas de Hollywood(Bette Davis e Cary Grant, só para citar alguns) era conhecer a enigmática Greta Garbo. Aurora é conhecida por trabalhar em filmes nos quais ela interage com desenhos animados da Walt Disney(Zé Carioca). Um dia encontrou Garbo e lhe pediu um autógrafo. Greta sem nem saber quem era Aurora, recusou. Outro dia ela estava com Carmen quando Garbo cumprimentou a pequena notável e lhe disse muito admirada pelo seu trabalho.