Era sábado. Eu estava na casa da minha mãe, no interior. Lá a internet é muito rápida e eu baixava no meu computador o episódio 20 da 4 temporada da série Glee. Em momento paralelo ao meu , só que no Canadá, o ator Cory Monthey, da atração, era encontrado morto em um hotel. Coincidência ou não, o último episódio que eu havia assistido até então era o último no qual ele havia aparecido. O que mais me chamou atenção desse foi a alegria de seu personagem, Finn Hudson.
Ok, pode ser que no momento em que eu fazia meu ritual eu tenha exclamado algum xingamento ao Glee, como “que ruim esta a série, quero o elenco inicial de volta” e que por desventura, eu tenha percebido que não estava mais com vontade de assistir. Mesmo assim, apesar do atraso para seguir a série em relação ao ano passado, quando baixava os episódios assim que eram disponibilizados, fui em frente e jurei finalizá-la.
Diante a notícia da morte de Cory, que soube somente no domingo, não tive ainda coragem de voltar ao Glee. é como se tivesse sido cancelado, afinal, já não terei mais o meu esperado elenco original. Assisti a algumas performances, como “Don’t Stop Bellieven” (as duas versões, inclusive a segunda é do episódio 4x19, e quando a vi, duas semanas atrás, desabei em choro), “Thriller”, “We are young” , “Tongue Tied” e “Homeward Bond”, mas não consegui derramar uma lágrima. Talvez por sentir que Finn vive dentro da série e da minha imaginação. Talvez por estar desgostada de Glee. Talvez por ainda não ter caído a minha ficha. Não sei, o fato é que Cory tem entrado em minha casa desde 2009 quando eu era uma adolescente e vi o piloto da série. Só voltei a acompanha-la em 2011 em uma turbinada de duas temporadas até conseguir seguir o ritmo atualizada. Eu vi o Finn entrando para o “Glee Club”, namorando a Quinn por duas vezes e também a deixando por duas. Vi ele perdendo a virgindade com a Santana e se apaixonando verdadeiramente pela Rachel. Vi ele quase sendo pai e quase casando. Vi ele ajudando o Artie, o Kurt, o Sam. Vi ele puxando a turma toda e sempre sendo o líder do coral. Ele foi capitão do time de futebol, o professor substituto, o militar. Ele foi...mas sempre ficará na memória dos fãs.